O Distrito Federal tem como característica peculiar manter o Plano Piloto como centro do poder e as cidades-satélites (um eufemismo moderno para periferias) orbitando em sua volta.
Impulsionados pela expectativa de desenvolvimento, pela procura de
oportunidades e pela esperança de melhoria de vida, milhares de brasileiros de
todos os cantos migram para o DF desde antes de sua inauguração e são
distribuídos geograficamente segundo o nível socio-econômico.
Um fluxo migratório constante e perpétuo que tem como algumas de suas consequências o aumento da exclusão cultural, resultado do baixo ou nenhum investimento em políticas públicas culturais ou fomento de movimentos artísticos e opções de lazer.
A arte fortalece a capacidade cognitiva do indivíduo facilitando a assimilação do conhecimento na escola, criando um espírito crítico e o inserindo em um contexto de interação social que resulta em desenvolvimento socio-cultural. Infelizmente, a educação é um capital humano pouco valorizado.
Um fluxo migratório constante e perpétuo que tem como algumas de suas consequências o aumento da exclusão cultural, resultado do baixo ou nenhum investimento em políticas públicas culturais ou fomento de movimentos artísticos e opções de lazer.
A arte fortalece a capacidade cognitiva do indivíduo facilitando a assimilação do conhecimento na escola, criando um espírito crítico e o inserindo em um contexto de interação social que resulta em desenvolvimento socio-cultural. Infelizmente, a educação é um capital humano pouco valorizado.
Essa situação periférica e dependente condenou as satélites a ter uma
vocação de cidades dormitórios. Porém, o crescimento populacional também traz
diversidade cultural que necessita de alternativas de expressão, pois possui
demanda artística e público carente, que acaba se tornando mais vulnerável às
armadilhas da comunicação de massa.
A "capital do rock" é só uma lenda, um título, um rótulo, uma marca, um produto ou um personagem que ficou nos anos 80, um mito
que alimenta a indústria da mídia e o imaginário popular a pré-fabricada
rebeldia de plástico, enlatada e embrulhada para presente, a falsa idéia de
contestação e revolta que encobre o conservadorismo e a caretice representada
pelo gênero denominado pop/rock brasiliense ou rock candango que sofre do mal
nostálgico de reviver os tempos áureos do rock do Plano Piloto nos anos 80.
Com a velocidade na troca de
informações atualmente, muitas bandas conseguem tocar em outros estados e
gozam do
status de ser uma “banda de Brasília” e são tratados como estrelas do
rock . As bandas e o público esperam ser/ver o novo Legião, o novo Capital, o
novo Paralamas e
os meios de comunicação, mesmo aqueles direcionados ao mercado
independente
estão nas mãos de poucas pessoas que escolhem quem deve estar ou não em
evidência no rock de Brasília.
O rock de Ceilândia reivindica uma identidade
cultural que é construída com perspectivas a longo prazo, mas que depende do
esforço diário de cada membro da sociedade para preservar os valores herdados
dos pioneiros e dialogar com novos valores apresentados pela atualidade, seus
conflitos e suas sínteses.
É preciso desmitificar a capital para superar ilusões e utopias. É preciso encarar a realidade, a cidade, o ser humano e o contexto(os dois primeiros inseridos no tempo) suas contradições e seus tabus e traduzir isto em ROCK!
É preciso desmitificar a capital para superar ilusões e utopias. É preciso encarar a realidade, a cidade, o ser humano e o contexto(os dois primeiros inseridos no tempo) suas contradições e seus tabus e traduzir isto em ROCK!
ROBSON GOMES
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